quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O fim da música como um produto


No começo dos anos 90, o CD era um luxo que apenas os mais ricos podiam contar. Menos de trinta anos depois, o cd já é coisa do passado. Hoje, ele é massacrado pela pirataria. Afinal, por que alguém pagaria mais de vinte reais em um CD com quatorze músicas se é possível comprar um de mp3 com mais cem músicas pagando cinco reais ?
Atualmente, o mercado de falsificação já representa 50% do mercado fonográfico. Mas não são só eles os culpados. Qualquer um pode baixar um álbum completo sem pagar nada, graças a Internet.
Esse movimento de baixar músicas de graça pela internet começou a crescer quando um garoto de 18 anos criou em 1999 o programa Napster. Bandas como Metallica se posicionaram contra e processaram o garoto por causa de violação de direitos
autorais. A vitória foi dada aos músicos e o Napster teve que ser excluído, mas isso
não acabou com esses programas, foram nascendo outros que substituíram o Napster.
Programas como o Kazaa e o Limeweare são populares e funcionam ligando os computadores, ou seja, você pode baixar músicas do computador de uma outra pessoa
que tenha o programa, o que torna o controle das gravadoras complicado.
Especialistas afirmam que o mais sensato, na época em que esses programas surgiram, teria sido um acordo entre ambas as partes para se estabelecesse uma taxa para as músicas, assim como ocorre com o Itunes, por exemplo. Faltou visão para saber o que é uma realidade hoje: o CD não pode mais ser usado como mercadoria.
Entendendo isso, artistas como Prince e Radiohead tiveram atitudes inéditas. O primeiro, distribuiu seu álbum junto com um jornal para, assim, divulgar suas músicas. O segundo, disponibilizou suas músicas em no site oficial da banda ao preço que o fã quisesse pagar. Ambos já perceberam o funcionamento do mercado de hoje. A venda da música como um produto é passado, o lucro do artista agora está voltada apenas para os shows.
“Acho que a internet tem funcionado muito bem para algumas(...) Nosso foco sempre foi tocar ao vivo, gostamos de excursionar e conhecer pessoas pelo mundo. Para uma banda como a nossa, que tem esse objetivo, a internet é perfeita. A gente hoje pode tocar em uma cidade onde vendemos uns 100 discos, para uma platéia de mais de dez mil pessoas” . Afirma Matthew Bellamy, guitarrista e vocalista da banda Muse.

O vídeo abaixo é de uma faixa do álbum que o Radiohead colocou na internet para ser baixado a qualquer custo

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